Tudo começa com um esboço. Um traço leve e hesitante que vai com um rumo definido mas ainda envergonhado. Mais um risco e a confiança vai aumentando com o número de traços que se começam agora a juntar para dar forma a uma ideia, a um desejo até aqui só imaginado.
Para dar início a qualquer obra é necessário reunir um certo número de papeis. Uns são cálculos estruturais, outros são licenciamentos, outros são apenas partes de decretos-lei que foram necessários consultar. Mas há papeis que são o mote de partida para que todos os outros possam existir. Os esboços a par com o desenho técnico – plantas, cortes e alçados – são a colocação bidimensional de algo que irá ser criado numa terceira dimensão.
No desenho em esboço tudo é possível. Começa-se com uma estrutura simples da ideia generalizada, volta-se atrás, apaga-se e torna-se a tentar. Desenham-se diferentes estruturas em simultâneo. Pára-se para pensar e avaliar qual a mais funcional. E toma-se uma decisão que irá transportar o que está desenhado a lápis para o que será desenhado a nível digital. E é este desenho digital – ou desenho técnico – que vem acompanhado uma importância fulcral – o facto de poder ser lido por todo e qualquer interveniente na execução da ideia.
Seja uma obra de raíz, uma remodelação interior, uma pequena intervenção ou um móvel adaptado. Seja um engenheiro, um encarregado, um carpinteiro ou qualquer outro técnico, a leitura do desenho é universal e de uma necessidade extrema para que, com todos e entre todos, seja possível edificar, erguer, reparar, montar, construir!

